Mais que música: professor usa plataforma do Global Citizen como ferramenta de ensino
Mateus Maia, ainda não conseguiu ingresso para o evento em Belém, mas de usufruído de forma positiva de todo o conteúdo disponível no aplicativo que garante as entradas

A primeira rodada de ingresso gratuito para o Global Citizen Festival: Amazônia já foi divulgada. Mas calma, quem ainda não conseguiu ainda terá oportunidade! O evento, marcado para o dia 1º de novembro de 2025, em Belém, terá apresentações de Anitta, Seu Jorge, Gaby Amarantos e participação especial de Chris Martin, vocalista do Coldplay.
Para adquirir a entrada, é preciso realizar várias ações sociais e ambientais. Além disso, não haverá venda de ingressos para o evento, ou seja, essa é a única forma de participar do Global Citizen Festival: Amazônia.
petições contra o desmatamento, apoiar a transição energética ou fazer check-ins em locais indicados são algumas das ações necessárias para acumular pontos. O sorteio de ingressos ocorre entre os participantes que acumularem, no mínimo, 50 pontos.
O professor de Redação, Mateus Maia, 41 anos, está participando dessas ações. Na primeira rodada, ele tinha mais de 2.000 pontos, porém não foi contemplado com nenhuma entrada.
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“O meu filho mais novo queria muito ir ao show e perguntou como seria possível. Eu pensei que fosse ingresso comprado, mas depois que vi uma matéria que mostrava o o a o, que teria que baixar um aplicativo e tudo mais, comecei a participar. Não sou muito fã do Coldplay, mas fiquei interessado para saber como funcionava. Baixei o aplicativo e gostei muito. Eu gostei muito da ideia porque, além de você ter a oportunidade de conseguir os ingressos do show, tem muita informação que faz parte da minha área de trabalho e atuação”, explica o professor.
Sempre atento às movimentações globais em diversos setores, Mateus trabalha com preparação para o vestibular há 15 anos e tem um curso específico de redação, além de ser professor da Aeronáutica, dando aula no Colégio Tenente Rêgo Barros. Ou seja, para ele, as informações contidas no aplicativo dão e também ao seu dia a dia.
O professor destaca, que além dos ingressos, a plataforma se mostra uma importante ferramenta educacional. “Como eu trabalho com ensino médio, através da produção textual, essas discussões sobre problemas sociais da atualidade, sobre o meio ambiente, minorias sociais, racismo, machismo, violência — tudo isso são temas que o Global Citizen aborda de uma maneira bem legal e interativa. Então, quando eu baixei, foi primeiro pensando no ingresso, mas logo depois vi que tem muito mais coisa, e tem conteúdos interessantes mesmo, que eu pego de lá e aplico nas minhas aulas de redação”, contou Mateus.
Os temas abordados pelo professor em sala de aula — como poluição ambiental, mudanças climáticas, queimadas criminosas, extinção da fauna e da flora e refugiados climáticos — estão presentes na plataforma do Global Citizen, além de estarem em diversas provas eliminatórias e qualificatórias. Inclusive, Mateus destaca que, para ele, “isso é mais valioso do que os ingressos em si”.
“Eu trago o debate com os meus alunos porque o Global Citizen não fala só sobre o clima, mudanças climáticas. Tem textos falando sobre a necessidade de proteger a Amazônia, e aí a gente faz as discussões, porque é um olhar diferente. O site não é brasileiro, na verdade, é traduzido para o português, mas é estrangeiro. Ou seja, é a visão de outras pessoas, e a visão deles sobre a Amazônia levanta discussões interessantes também, que eu trago para a minha sala de aula e para o meu dia a dia”, analisa.
A possibilidade de ganhar entradas para o evento se tornou pequena diante de todo o conteúdo que está disponível nas plataformas do Global Citizen, abrindo nossos olhares. Para o professor, as possibilidades existentes na palma da mão chamam muito mais atenção: “Mesmo que o meu interesse pelo ingresso já tenha diminuído um pouco, eu continuo utilizando o aplicativo no meu dia a dia, em ações diárias, e tem muita informação. Eu criei o hábito de ler algumas matérias que ele traz lá. Além disso, tem quiz com perguntas sobre, por exemplo, modais de transporte, sustentabilidade no trânsito, consumo sustentável, relações interpessoais, minorias como a população LGBTQIAPN+, racismo, violência contra a mulher, e traz informação de verdade de uma maneira interativa. Vai muito além do clima, e isso é bem legal. Então, gostei muito, acho que vale muito a pena”.
PONTOS
Como foi dito, para adquirir pontos é necessário cumprir ações dentro do aplicativo ou do site do Global Citizen. Quem conseguiu mais de 50 pontos já entrou no sorteio dessa primeira etapa, na qual foram distribuídos 1.700 pares de ingressos.
Os sorteados foram avisados por e-mail ou WhatsApp e precisaram, no período de 48 horas, confirmar o interesse para garantir os ingressos. Em caso de ausência de confirmação ou negativa, o prêmio foi reado a outro participante.
Cada ganhador recebe um par de ingressos de entrada geral para o festival, que são intransferíveis, não podem ser vendidos nem trocados.
Os ganhadores podem participar novamente das ações e acumular pontos, porém só se ganha uma vez. Os pontos usados na primeira etapa do sorteio são zerados, sendo necessário iniciar novamente o processo para as próximas fases.
Novas etapas serão anunciadas em breve no site do Global Citizen.
“É bem fácil participar. Depois de baixar o aplicativo e fazer o cadastro, tem ações diárias. Tem que ser engajado! Todos os dias surgem novas ações. Você tem que ler um artigo, responder um quiz, e cada ação dessas pontua um pouquinho. Você pode petições — é bem legal. Tem petições lá sobre queimadas florestais, desmatamento, proteção a alguns animais da fauna que estão em risco de extinção, não só no Brasil, mas no mundo todo. Tem também perguntas e uma expedição sobre as guerras que estão acontecendo no mundo. Como o nome sugere, Global Citizen significa ‘cidadão do mundo’. Quando você baixa o aplicativo e participa desse tipo de ação e debate, de fato você está sendo cidadão do mundo”, explica Mateus Maia.
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